Desafio difícil. Na semana passada a Mitsy propôs um tema para o mosaico desta semana: um auto-retrato.
É muito difícil definirmos uma imagem de nós próprios, ainda mais é expô-la aos outros. Neste caso escolhi 4 imagens, que compõem um todo (ou não fosse eu uma amante da estética e da lógica...), mas contam apenas fragmentos do que sou - muito mais se esconde dentro e para além destas imagens. Ainda assim dizem:
... que gosto de voar, ainda que com o pensamento. Uma parte de mim é involuntariamente agarrada à terra (à que me rodeia e àquela do sentido prático...), outra parte deseja rebelar-se e escapar à dimensão humana - voando.
... gosto de gatos, muito. Belos, intensos, meigos, ariscos, independentes. Nem sempre os compreendemos ou conseguimos convencê-los, mas eu também sou um pouco assim.
... mais do que viajar, gosto de sentir o lugar. A simplicidade das pequenas coisas, a complexidade das relações urbanas (e humanas), as cores que o identificam, os instantâneos que se guardam na memória e depois passam. Gosto de cidades, de percorrer as suas ruas, de inventar histórias por trás das janelas, de provar os pratos típicos. Gosto da monumentalidade e da pequena escala - observo a cidade como arquitecta, mas mais ainda como indivíduo.
... acho fascinante tudo o que é possível fazermos com as nossas próprias mãos. Escrever, pintar, cozinhar, magoar, afagar, apontar... muitas coisas essenciais e muitas de que não nos achávamos capazes. Usá-las é uma arte e estão aqui para representar isso mesmo - a capacidade criativa de cada um de nós, que eu acho que é uma das coisas que faz girar o mundo com mais força.
Falarmos de nós próprios, da nossa forma de ver o mundo e do que gostamos diz mais acerca do que somos do que uma lista de adjectivos... aqui deixei apenas alguns fragmentos.
Vejam mais auto-retratos aqui.
>>
Difficult challenge. Last week Mitsy suggested a theme for this week's mosaic: a self-portrait.
It is very difficult to define an image of ourselves, even more is to expose it to others. In this case I chose 4 images, which make up a whole (after all I'm a lover of aesthetics and logic...) but are only fragments of what I am - much more is hidden within and beyond those images. Yet they say:
... I like to fly, even if only with my thought. A part of me is involuntarily gripped to the ground (to what surrounds me and to my practical sense...), another part wants to rebel and escape the human dimension - flying.
... I like cats, a lot. Beautiful, intense, sweet, obstinate, independent. You don't always understand or convince them, but I'm also a bit like that.
... more than travel, I like to feel the place. The simplicity of the little things, the complexity of urban relations (and human ones), the colors that identify it, the snapshots that are stored in memory and then move on. I like cities, to walk its streets, to invent stories behind the windows, to taste the typical dishes. I like the monumental and small scale - I admire the city as an architect, but more so as an individual.
... I find fascinating all you can do with your own hands. Write, paint, cook, hurt, caress, aim... many essential things and many that we thought we were not able to. Using them is an art and they are here to represent just that - the creative capacity of each one of us, which I think it's one of the things that makes the world go round stronger.
Talking about ourselves, our way of seeing the world and things we like can say more about who we are than a list of adjectives... I left here only a few fragments.
Check out some more self portraits here.
É muito difícil definirmos uma imagem de nós próprios, ainda mais é expô-la aos outros. Neste caso escolhi 4 imagens, que compõem um todo (ou não fosse eu uma amante da estética e da lógica...), mas contam apenas fragmentos do que sou - muito mais se esconde dentro e para além destas imagens. Ainda assim dizem:
... que gosto de voar, ainda que com o pensamento. Uma parte de mim é involuntariamente agarrada à terra (à que me rodeia e àquela do sentido prático...), outra parte deseja rebelar-se e escapar à dimensão humana - voando.
... gosto de gatos, muito. Belos, intensos, meigos, ariscos, independentes. Nem sempre os compreendemos ou conseguimos convencê-los, mas eu também sou um pouco assim.
... mais do que viajar, gosto de sentir o lugar. A simplicidade das pequenas coisas, a complexidade das relações urbanas (e humanas), as cores que o identificam, os instantâneos que se guardam na memória e depois passam. Gosto de cidades, de percorrer as suas ruas, de inventar histórias por trás das janelas, de provar os pratos típicos. Gosto da monumentalidade e da pequena escala - observo a cidade como arquitecta, mas mais ainda como indivíduo.
... acho fascinante tudo o que é possível fazermos com as nossas próprias mãos. Escrever, pintar, cozinhar, magoar, afagar, apontar... muitas coisas essenciais e muitas de que não nos achávamos capazes. Usá-las é uma arte e estão aqui para representar isso mesmo - a capacidade criativa de cada um de nós, que eu acho que é uma das coisas que faz girar o mundo com mais força.
Falarmos de nós próprios, da nossa forma de ver o mundo e do que gostamos diz mais acerca do que somos do que uma lista de adjectivos... aqui deixei apenas alguns fragmentos.
Vejam mais auto-retratos aqui.
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Difficult challenge. Last week Mitsy suggested a theme for this week's mosaic: a self-portrait.
It is very difficult to define an image of ourselves, even more is to expose it to others. In this case I chose 4 images, which make up a whole (after all I'm a lover of aesthetics and logic...) but are only fragments of what I am - much more is hidden within and beyond those images. Yet they say:
... I like to fly, even if only with my thought. A part of me is involuntarily gripped to the ground (to what surrounds me and to my practical sense...), another part wants to rebel and escape the human dimension - flying.
... I like cats, a lot. Beautiful, intense, sweet, obstinate, independent. You don't always understand or convince them, but I'm also a bit like that.
... more than travel, I like to feel the place. The simplicity of the little things, the complexity of urban relations (and human ones), the colors that identify it, the snapshots that are stored in memory and then move on. I like cities, to walk its streets, to invent stories behind the windows, to taste the typical dishes. I like the monumental and small scale - I admire the city as an architect, but more so as an individual.
... I find fascinating all you can do with your own hands. Write, paint, cook, hurt, caress, aim... many essential things and many that we thought we were not able to. Using them is an art and they are here to represent just that - the creative capacity of each one of us, which I think it's one of the things that makes the world go round stronger.
Talking about ourselves, our way of seeing the world and things we like can say more about who we are than a list of adjectives... I left here only a few fragments.
Check out some more self portraits here.
Lovely.. I really love how you express yourself..
ReplyDeleteIt is hard to expose yourself isn't it?
ReplyDeleteBut hey, you did it and it made me happy to read a bit more about you. I loved the comparison with cats... Absolutely lovely fragnments of you & it's OK to keep some mystery! ;) Thanks so much for letting us have a peek into your world!