O Corpo Humano, como nunca o viu - é uma exposição que já esteve em Lisboa e está agora patente na Alfândega do Porto, pelo menos até ao final do mês de Novembro.
Esta exposição não tem a assinatura de Gunther Von Hagens, o famoso anatomista alemão que inventou o processo de plastinação em 1977 e que tem vindo a ser alvo de polémicas, de natureza moral, ética, religiosa ou até legal, desde a inauguração de Body Worlds em 1995. A controvérsia só tem paralelo no sucesso, porque desde essa data a exposição já recebeu milhões de visitantes nas várias cidades que percorreu e já conseguiu gerar uma série de outras exposições que copiam o tema e respectivo processo de conservação do corpo humano.
Se a exposição original se caracteriza pela apresentação inusitada de corpos dissecados em movimento, esta que visitei no passado fim-de-semana continua a ser extraordinária pela clareza com que apresenta o corpo e as suas partes, muitas vezes surpreendentemente separadas entre si e acompanhadas de essenciais explicações.
Ainda que seja mórbido, o fascínio pela morte e pela vida é algo que nos persegue enquanto seres humanos e mesmo que carreguemos displicentemente o nosso corpo todos os dias, temos ainda muito para aprender sobre ele.
A exposição, mais do que chocante, é didáctica, informativa e até certo ponto alarmante. Se por um lado é incrível a complexidade e eficiência do corpo humano, por outro chega a ser preocupante a percepção de que todo este mecanismo é tão frágil e susceptível... e só parecemos tomar consciência disso tarde demais.
Vejam a exposição, se puderem. Vale a pena abrir os olhos.
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Bodies, the exhibition - has finally arrived to Porto and it will be at Alfândega do Porto at least until the end of November.
This exhibition doesn't have the signature of Gunther von Hagens, the famous German anatomist who invented plastination in 1977 and has been a target of controversy - moral, ethical, religious or even legal - since the opening of Body Worlds in 1995. The controversy has only parallel in the success, because since then the exhibition has already received millions of visitors in various cities and has already managed to generate a series of other exhibitions that copy the same theme and the same process of preservation of the human body.
If the original exhibition is characterized by the unexpected presentation of dissected bodies in motion, the one I visited this past weekend is still remarkable for the clarity with which it presents the body and its parts, often surprisingly separated and accompanied by essential explanations.
Although it's morbid, the fascination with death and life is something that haunts us as human beings and even if we carelessly carry our body every day we still have much to learn about it.
The exhibition, more than shocking, it's educational, informative and somewhat alarming. On the one hand is incredible the complexity and efficiency of the human body, but on the other hand it gets to be disturbing the perception that this whole mechanism is so fragile... and we only seem to be aware of this too late.
Visit the exhibition if you can. It's worth opening your eyes.
Esta exposição não tem a assinatura de Gunther Von Hagens, o famoso anatomista alemão que inventou o processo de plastinação em 1977 e que tem vindo a ser alvo de polémicas, de natureza moral, ética, religiosa ou até legal, desde a inauguração de Body Worlds em 1995. A controvérsia só tem paralelo no sucesso, porque desde essa data a exposição já recebeu milhões de visitantes nas várias cidades que percorreu e já conseguiu gerar uma série de outras exposições que copiam o tema e respectivo processo de conservação do corpo humano.
Se a exposição original se caracteriza pela apresentação inusitada de corpos dissecados em movimento, esta que visitei no passado fim-de-semana continua a ser extraordinária pela clareza com que apresenta o corpo e as suas partes, muitas vezes surpreendentemente separadas entre si e acompanhadas de essenciais explicações.
Ainda que seja mórbido, o fascínio pela morte e pela vida é algo que nos persegue enquanto seres humanos e mesmo que carreguemos displicentemente o nosso corpo todos os dias, temos ainda muito para aprender sobre ele.
A exposição, mais do que chocante, é didáctica, informativa e até certo ponto alarmante. Se por um lado é incrível a complexidade e eficiência do corpo humano, por outro chega a ser preocupante a percepção de que todo este mecanismo é tão frágil e susceptível... e só parecemos tomar consciência disso tarde demais.
Vejam a exposição, se puderem. Vale a pena abrir os olhos.
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Bodies, the exhibition - has finally arrived to Porto and it will be at Alfândega do Porto at least until the end of November.
This exhibition doesn't have the signature of Gunther von Hagens, the famous German anatomist who invented plastination in 1977 and has been a target of controversy - moral, ethical, religious or even legal - since the opening of Body Worlds in 1995. The controversy has only parallel in the success, because since then the exhibition has already received millions of visitors in various cities and has already managed to generate a series of other exhibitions that copy the same theme and the same process of preservation of the human body.
If the original exhibition is characterized by the unexpected presentation of dissected bodies in motion, the one I visited this past weekend is still remarkable for the clarity with which it presents the body and its parts, often surprisingly separated and accompanied by essential explanations.
Although it's morbid, the fascination with death and life is something that haunts us as human beings and even if we carelessly carry our body every day we still have much to learn about it.
The exhibition, more than shocking, it's educational, informative and somewhat alarming. On the one hand is incredible the complexity and efficiency of the human body, but on the other hand it gets to be disturbing the perception that this whole mechanism is so fragile... and we only seem to be aware of this too late.
Visit the exhibition if you can. It's worth opening your eyes.
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Too bad I missed it when it was in Brussels !
ReplyDeleteFascinating indeed.