Depois de um passeio de Domingo que começara no Terreiro da Sé e nos levara a uma visita à Casa-Museu Guerra Junqueiro, seguimos pela Rua D. Hugo, sem nenhum trajecto pré-definido e sem saber muito bem onde nos levaria. Encontrámos as Escadas do Barredo e seguimos. Entre roupa a secar em estendais maiores do que as janelas que os sustentam, vasos suspensos, cores vibrantes e vielas estreitas com nome de Rua que mal apanham sol, é possível descobrir sem muito esforço vistas fantásticas e pormenores deliciosos. Apetece olhar em todas as direcções e disparar: os enquadramentos estão sempre a mudar e nunca desiludem. É inevitável tentar descobrir a Ponte Luís I e Vila Nova de Gaia entre as perspectivas estreitas que se vão sucedendo à velocidade da descida; é obrigatório olhar para cima e para baixo, encontrando pormenores inesperados e raios de sol que parecem ter medo de chegar ao chão.
Encontramos largos pequenos, ruas estreitas e sem saída, labirintos. Vamos fazendo as nossas escolhas até nos cruzarmos com as Escadas de S. Francisco de Borja, para inesperadamente encontrar a cor, o ruído, o bulício contrastante e surpreendente de uma Ribeira do Porto cheia de gente.
Mais fotos aqui.
[Este post pertence a uma série que começou ontem e se prolongará por mais uns dias durante esta semana. A propósito das férias de Verão, irei levar-vos a passear comigo pelo Porto, simplesmente porque sabe bem ser turista na minha própria cidade. Espero que gostem!]
After a Sunday walk that had begun at Terreiro da Sé (Cathedral) and lead to a visit to Casa-Museu Guerra Junqueiro, we followed by Rua D. Hugo, with no pre-defined route and not quite knowing where we would end up. We found Escadas do Barredo (Barredo Staircase) and kept going. Among clothes drying from the windows, hanging flower vases, vibrant colors and narrow alleys that barely catch the sun, you can find, without much effort, fantastic views and delightful details. It feels like looking in all directions and shoot: the frameworks are always changing and never disappoint. It's inevitable to attempt to discover Luis I bridge and Vila Nova de Gaia from the narrow perspectives that succeed at the speed of descent; it's mandatory to look up and down, finding unexpected details and sunshine rays that seem to be afraid to reach the ground.
We found small squares, narrow streets and dead ends, mazes. We kept making our choices until we crossed with Escadas S. Francisco de Borja (another Staircase), to suddenly find the color, the noise, the bustle of a contrasting and surprising crowded Ribeira do Porto.
More photos here.
[This post belongs to a series that began yesterday and will last for a few more days this week. Since it's time for summer holidays I will take you to walk with me around Porto, simply because it feels good to be a tourist in my own city. Enjoy!]
Que engraçado, entrei aqui, vi estas imagens e pareceu-me ter um déjà-vu. É sempre uma sensação de calorzinho feliz quando vemos alguém passar exactamente pelos mesmos sítios e deter-se nas mesmas paragens, impressionada pelas mesmas visões. :)
ReplyDeleteE que visões!
ReplyDeleteObrigada pelo link, foi um prazer ler :)