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O Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso foi só mais um pretexto para escolher Chaves como destino para um fim-de-semana prolongado, uma simpática cidade transmontana que ainda não conhecia.
O Museu, projecto de Álvaro Siza, foi inaugurado no Verão do ano passado e estende-se junto ao rio, bem perto do centro. Eleva-se do solo para permitir a passagem e algumas brincadeiras fotográficas entre as enigmáticas lâminas com recortes geométricos ao nível do solo, que, aparentemente aleatórias, parecem trazer para a arquitectura as linhas cinéticas das pinturas de Nadir, num jogo de ângulos, direcções, enfiamentos e sombras.
Os percursos são pensados para se poder admirar o edifício como um todo, ao longo da sua fachada eminentemente horizontal, que se repercute no interior através dos rasgos que permitem acompanhar a paisagem envolvente enquanto admiramos as cidades geométricas de Nadir.
Na pintura de Nadir Afonso reconhecem-se arquitecturas e abstracções, fruto das suas vivências profissionais, das suas viagens, da sua forma de ver o mundo, com ordem e método, mas vastos horizontes.
Vale bem a pena a visita!
Como o centro é pequeno e tudo se visita bem a pé, facilmente se passa um dia a visitar o Museu, o percurso ribeirinho que o liga ao jardim das termas, parando a meio para admirar a ponte romana sobre o Tâmega e subindo depois até ao Castelo pela Rua Direita, que nesta altura é fria, mas vem acompanhada de música de Natal.
Não podem ainda deixar de fazer várias pausas pelo caminho para provar e repetir os famosos pastéis de Chaves que, sem dúvida, aqui sabem muito melhor!
EN
The Nadir Afonso Museum of Contemporary Art was just another excuse to choose Chaves as a destination for a long weekend, a friendly city in the north of Portugal that I didn't know yet.
The Museum, a project by Álvaro Siza, was inaugurated in the summer of last year and extends near the river, very close to the center. It rises from the ground to allow passage and some photographic tricks between the enigmatic walls with geometric cutouts in the ground-level, that may appear to be placed by chance, but seem to bring to the architecture the kinetic lines of Nadir's paintings in a game of angles, directions and shadows.
The paths are designed to be able to admire the building as a whole, along its eminently horizontal façade, which is reflected in the interior through the openings that allow to see the surrounding landscape while admiring the geometric cities of Nadir.
Nadir Afonso's painting is filled with architectures and abstractions, fruit of his professional experiences, his travels, his way of seeing the world, with order and method, but vast horizons.
Well worth the visit!
As the center is small and everything is easily visited on foot, it's easy to spend a day visiting the Museum, the riverside route that connects it to the garden of the thermal spa, stopping to admire the Roman bridge over the Tâmega and then ascending to the Castle by Rua Direita, which at this point is cold, but comes with Christmas music.
One must, of course, make several stops along the way to taste and repeat the famous Pastéis de Chaves (a local delicacy of puff pastry and meat), that, without doubt, tastes a lot better here!
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