Madrid é uma cidade cheia de vida e de gentes! Foi a terceira vez que lá estive e sei que se voltar continuará a ter novidades para mostrar-me. Embora Barcelona tenha sido o meu primeiro amor e continue a ser, sem dúvida, a minha cidade espanhola preferida, aproveitei esta viagem para conhecer Madrid como se fosse a primeira vez.
Ficamos instalados entre a imponente Plaza Mayor e a movimentada Puerta del Sol, onde não pude deixar de fotografar o famoso urso - símbolo da cidade - e onde todos os dias pasmava com as filas para comprar a lotaria e a quantidade de gente a andar na rua - fosse hora de ponta, fosse Domingo à hora de jantar.
Percorremos o Paseo del Prado, desde a Fuente de Cibelles até à Atocha, e pelo caminho não faltaram as visitas aos 3 Museus principais e ainda à Caixa Fórum - uma surpreendente obra de Herzog & de Meuron que não consegue passar despercebida.
Passeei pelo Museo del Prado com vontade de ver velhos clássicos e só fiquei frustrada porque o par de Adão e Eva do Dürer estava ausente para restauro... duas belas obras que já me tinham escapado na minha anterior visita anos antes.
Adorei rever as obras de pintura de finais de século XIX e XX no Thyssen-Bornemisza e consegui ficar alegremente surpreendida com as obras de Schiele, de que já não me lembrava e que adoraria admirar durante horas - Viena será a minha perdição!
Encontrei um Reina Sofia maior e renovado pelas mãos de Jean Nouvel - que prova com mestria que o novo pode dialogar com o velho através do contraste, sem um ofender ou ofuscar o outro.
Percorremos a Calle Mayor até à Catedral de la Almudena, que não consegue ter a magia das grandes catedrais góticas, mas tem como concorrente o digno Palácio Real, que me lembrou saudades das salas e jardins de Versailles...
Não quis deixar de também visitar o Templo de Debod, cuja simplicidade contrasta com o peso da história que qualquer templo egípcio carrega - este foi desmantelado na década de 1960 devido à construção da barragem egípcia de Assuão e mais tarde oferecido a Espanha e reconstruído pedra por pedra no Parque de la Montaña.
Mas visitamos outros Parques: o pacato Campo del Moro e o incontornável Parque del Retiro - que ninguém tem desculpa para deixar de visitar quando vai a Madrid. Este parque urbano é um exemplo de que a calma e beleza da natureza podem ser recriadas mesmo no centro da cidade. Entre os espaços verdejantes não faltam momentos de cultura divididos entre as exposições patentes no Palácio de Cristal e no Palácio de Velásquez, ou momentos de lazer passados junto ao lago, que é, sem dúvida, o ponto de atracção principal deste Parque.
A contrastar com este ambiente bucólico está o movimento perpétuo do Paseo de la Castellana, - onde se vão sucedendo as construções modernas, incluindo o Estádio de um dos maiores clubes do mundo - e da Gran Vía - que percorremos a pé desde a Plaza de España até ao marcante Edifício Metropolis e que ninguém deveria deixar de percorrer em Madrid! A Gran Vía é uma louca sucessão de gente, cinemas, teatros e lojas onde se fica com pena de não ter mais dinheiro e de no fim da viagem se regressar a uma cidade onde os espaços culturais como os Teatros estão em vias de extinção... esta via está a celebrar o seu centenário e é um marco de Madrid urbana.
A dada altura perdi-me na conta aos Starbucks, que me recordavam que me encontrava numa grande metrópole europeia, onde a vida não pára e o café é para ser tomado a correr. Mas as tapas saboreei-as com a calma de um copo de vinho tinto da Rioja, entre os pinchos de aperitivo, as tortilhas, os calamares, as morcelas e outros enchidos, os mariscos e o delicioso pão - sempre presente, quer surja como acompanhamento, quer assuma o papel principal em bocadillos, montaditos e afins.
Fiquei espantada com o rebuliço do mercado de rua El Rastro, que transforma qualquer manhã de Domingo numa aventura e tive uma bela surpresa gastronómica durante a visita ao Mercado San Miguel, que eu não conhecia, encontrei por acaso e que se revelou uma perdição para qualquer gourmet! Se querem ver um mercado tradicional transformado num paraíso gastronómico e apreciam experimentar o melhor que se produz na gastronomia nacional, não deixem de fazer-lhe uma visita - mas não vão com muita fome, senão arriscam-se a gastar muito dinheiro ou a sair de água na boca!
O pretexto para esta viagem de 4 dias foi o concerto de Arcade Fire - do qual já falei e que a única pena que deixou foi a de ter sabido a pouco! - mas sem dúvida que uma cidade como Madrid tem muito mais a oferecer... desde os edifícios e ruas de uma maneira geral limpos e bem tratados, até ao ambiente contagiante de ruas e bares, à variedade da gastronomia e qualidade da oferta cultural... difícil é escolher o que ver em tão pouco tempo e não ficar com pena de regressar a casa!
Ficamos instalados entre a imponente Plaza Mayor e a movimentada Puerta del Sol, onde não pude deixar de fotografar o famoso urso - símbolo da cidade - e onde todos os dias pasmava com as filas para comprar a lotaria e a quantidade de gente a andar na rua - fosse hora de ponta, fosse Domingo à hora de jantar.
Percorremos o Paseo del Prado, desde a Fuente de Cibelles até à Atocha, e pelo caminho não faltaram as visitas aos 3 Museus principais e ainda à Caixa Fórum - uma surpreendente obra de Herzog & de Meuron que não consegue passar despercebida.
Passeei pelo Museo del Prado com vontade de ver velhos clássicos e só fiquei frustrada porque o par de Adão e Eva do Dürer estava ausente para restauro... duas belas obras que já me tinham escapado na minha anterior visita anos antes.
Adorei rever as obras de pintura de finais de século XIX e XX no Thyssen-Bornemisza e consegui ficar alegremente surpreendida com as obras de Schiele, de que já não me lembrava e que adoraria admirar durante horas - Viena será a minha perdição!
Encontrei um Reina Sofia maior e renovado pelas mãos de Jean Nouvel - que prova com mestria que o novo pode dialogar com o velho através do contraste, sem um ofender ou ofuscar o outro.
Percorremos a Calle Mayor até à Catedral de la Almudena, que não consegue ter a magia das grandes catedrais góticas, mas tem como concorrente o digno Palácio Real, que me lembrou saudades das salas e jardins de Versailles...
Não quis deixar de também visitar o Templo de Debod, cuja simplicidade contrasta com o peso da história que qualquer templo egípcio carrega - este foi desmantelado na década de 1960 devido à construção da barragem egípcia de Assuão e mais tarde oferecido a Espanha e reconstruído pedra por pedra no Parque de la Montaña.
Mas visitamos outros Parques: o pacato Campo del Moro e o incontornável Parque del Retiro - que ninguém tem desculpa para deixar de visitar quando vai a Madrid. Este parque urbano é um exemplo de que a calma e beleza da natureza podem ser recriadas mesmo no centro da cidade. Entre os espaços verdejantes não faltam momentos de cultura divididos entre as exposições patentes no Palácio de Cristal e no Palácio de Velásquez, ou momentos de lazer passados junto ao lago, que é, sem dúvida, o ponto de atracção principal deste Parque.
A contrastar com este ambiente bucólico está o movimento perpétuo do Paseo de la Castellana, - onde se vão sucedendo as construções modernas, incluindo o Estádio de um dos maiores clubes do mundo - e da Gran Vía - que percorremos a pé desde a Plaza de España até ao marcante Edifício Metropolis e que ninguém deveria deixar de percorrer em Madrid! A Gran Vía é uma louca sucessão de gente, cinemas, teatros e lojas onde se fica com pena de não ter mais dinheiro e de no fim da viagem se regressar a uma cidade onde os espaços culturais como os Teatros estão em vias de extinção... esta via está a celebrar o seu centenário e é um marco de Madrid urbana.
A dada altura perdi-me na conta aos Starbucks, que me recordavam que me encontrava numa grande metrópole europeia, onde a vida não pára e o café é para ser tomado a correr. Mas as tapas saboreei-as com a calma de um copo de vinho tinto da Rioja, entre os pinchos de aperitivo, as tortilhas, os calamares, as morcelas e outros enchidos, os mariscos e o delicioso pão - sempre presente, quer surja como acompanhamento, quer assuma o papel principal em bocadillos, montaditos e afins.
Fiquei espantada com o rebuliço do mercado de rua El Rastro, que transforma qualquer manhã de Domingo numa aventura e tive uma bela surpresa gastronómica durante a visita ao Mercado San Miguel, que eu não conhecia, encontrei por acaso e que se revelou uma perdição para qualquer gourmet! Se querem ver um mercado tradicional transformado num paraíso gastronómico e apreciam experimentar o melhor que se produz na gastronomia nacional, não deixem de fazer-lhe uma visita - mas não vão com muita fome, senão arriscam-se a gastar muito dinheiro ou a sair de água na boca!
O pretexto para esta viagem de 4 dias foi o concerto de Arcade Fire - do qual já falei e que a única pena que deixou foi a de ter sabido a pouco! - mas sem dúvida que uma cidade como Madrid tem muito mais a oferecer... desde os edifícios e ruas de uma maneira geral limpos e bem tratados, até ao ambiente contagiante de ruas e bares, à variedade da gastronomia e qualidade da oferta cultural... difícil é escolher o que ver em tão pouco tempo e não ficar com pena de regressar a casa!
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