Para animar o fim-de-semana tivemos a primeira edição de 2011 do Clubbing na Casa da Música, com direito a casa cheia: de gente e de música! Entre os concertos a que assistimos de Jazzanova e Balla e a actuação de Lindstrom, houve ainda eventos paralelos e muita música distribuída pelos espaços que compõem esta Casa... este evento, que esgota rapidamente, é sempre uma grande festa e uma forma de percorrer uma Casa da Música totalmente transformada, provando que, mais do que uma sala de espectáculos projectada por Rem Koolhaas, esta é uma Casa aberta à cidade povoada por todos os géneros musicais.
Festas à parte, tem sido difícil regressar a uma rotina criativa ao fim-de-semana... As tarefas pendentes são tantas que quando tenho uma janela de tempo livre apetece-me fazer tudo menos arrumar o atelier e voltar a desarrumá-lo para empreender o que me parece mais uma nova tarefa. Quando tudo assume a forma de um item a riscar numa imensa lista de afazeres deixo de o fazer com prazer... e no que respeita à arte esta sensação de criar por obrigação não faz sentido. Ainda mais quando se trata de uma actividade de pretensos tempos livres - é suposto fazê-la por prazer, não é? O que tenho sentido é que passo tanto tempo a trabalhar contrariada que já mal me lembro da sensação de fazer algo criativo por puro prazer - será um mal irremediável da idade? Quero pensar que não.
Depois da intensa época de feiras do final do ano passado ainda não consegui sentar-me com calma no atelier para uma reorganização que me parece necessária ou para dar início a novos projectos. O tempo parece passar cada vez mais rápido e em vez de querer ocupar cada segundo com novas actividades, apetece-me apenas carregar no pause e passar a vivê-lo devagar...
Até num cinzento dia de Inverno como o de ontem, uma ida a pé ao supermercado é um pretexto para olhar para os detalhes do percurso com outros olhos e as amêndoas descascadas que sobraram do Natal servem de desculpa para uma nova receita que, não se sabe bem como, vai ocupando toda a tarde de Domingo... e o tempo vai passando...
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To liven up the weekend we had the first 2011 edition of Clubbing in Casa da Música [House of Music], entitled to a full house: with people and music! We watched Jazzanova, Balla and Lindstrom, but there was still some other side events and lots of music distributed across the spaces that compose this House... this event, which runs out quickly, is always a great party and a way to wander through an utterly transformed Casa da Música, proving that, more than a theater designed by Rem Koolhaas, this is an open House to the city, populated by all types of music.
Events aside, it has been difficult to return to a creative weekend routine. There are so many pending tasks that when I have a window of free time I don't feel like going back to the atelier to reorganize it or to undertake what seems to me one more new task. When everything appears to me in the form of an item to delete in a long list of chores to do I have no pleasure doing it... and as regards the art this sense of obligation when creating doesn't make sense. Even more when it comes to an alleged leisure activity - I'm supposed to do it for pleasure, right? What I sense is that I spend so much time working in something I don't like that I scarcely remember the feeling of doing something creative for fun - is it an irremediable ill of age? I'd rather think not.
After an intense period of craft fairs at the end of last year I still wasn't able to sit quietly in the atelier for a reorganization that seem necessary or to initiate new projects. Time seems to pass faster and faster and instead of wanting to fill every second with new activities, I feel like just hitting the pause button and start living it up slowly...
Even in a gray winter day like yesterday a trip by foot to the supermarket is an excuse to look at the details of the route with other eyes and the peeled almonds left over Christmas serve as an excuse for a new recipe, that noone knows exactly how, but ends up occupying all Sunday afternoon... and the time goes by...
Depois da intensa época de feiras do final do ano passado ainda não consegui sentar-me com calma no atelier para uma reorganização que me parece necessária ou para dar início a novos projectos. O tempo parece passar cada vez mais rápido e em vez de querer ocupar cada segundo com novas actividades, apetece-me apenas carregar no pause e passar a vivê-lo devagar...
Até num cinzento dia de Inverno como o de ontem, uma ida a pé ao supermercado é um pretexto para olhar para os detalhes do percurso com outros olhos e as amêndoas descascadas que sobraram do Natal servem de desculpa para uma nova receita que, não se sabe bem como, vai ocupando toda a tarde de Domingo... e o tempo vai passando...
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To liven up the weekend we had the first 2011 edition of Clubbing in Casa da Música [House of Music], entitled to a full house: with people and music! We watched Jazzanova, Balla and Lindstrom, but there was still some other side events and lots of music distributed across the spaces that compose this House... this event, which runs out quickly, is always a great party and a way to wander through an utterly transformed Casa da Música, proving that, more than a theater designed by Rem Koolhaas, this is an open House to the city, populated by all types of music.
Events aside, it has been difficult to return to a creative weekend routine. There are so many pending tasks that when I have a window of free time I don't feel like going back to the atelier to reorganize it or to undertake what seems to me one more new task. When everything appears to me in the form of an item to delete in a long list of chores to do I have no pleasure doing it... and as regards the art this sense of obligation when creating doesn't make sense. Even more when it comes to an alleged leisure activity - I'm supposed to do it for pleasure, right? What I sense is that I spend so much time working in something I don't like that I scarcely remember the feeling of doing something creative for fun - is it an irremediable ill of age? I'd rather think not.
After an intense period of craft fairs at the end of last year I still wasn't able to sit quietly in the atelier for a reorganization that seem necessary or to initiate new projects. Time seems to pass faster and faster and instead of wanting to fill every second with new activities, I feel like just hitting the pause button and start living it up slowly...
Even in a gray winter day like yesterday a trip by foot to the supermarket is an excuse to look at the details of the route with other eyes and the peeled almonds left over Christmas serve as an excuse for a new recipe, that noone knows exactly how, but ends up occupying all Sunday afternoon... and the time goes by...
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