No fim-de-semana tivemos tempo para um agradável passeio pela Ribeira do Porto, um lugar carregado de história e recantos que surpreendem de cada vez que os visitamos.
Os turistas são muitos e cada vez mais distribuídos ao longo de todo o ano - é raro passear no centro da cidade sem ouvir falar outras línguas, mas quando moramos desde que nascemos em determinada cidade, mesmo tendo noção da sua história e beleza, não é raro que toda a magia que certamente deliciaria um turista nos passe ao lado... ultimamente tenho gostado de passear na cidade de máquina fotográfica na mão, a olhar com outros olhos para locais que já visitei inúmeras vezes, tantas delas sem os ver.
A Ribeira do Porto é um dos locais mais antigos, mais típicos e mais visitados da cidade. É frequente iniciarmos o percurso junto à Alfândega e percorrermos a Rua de Miragaia e a Rua Nova da Alfândega, onde não é difícil sermos surpreendidos pela passagem de um ou outro eléctrico.
Desta vez atrevemo-nos a percorrer o Muro dos Bacalhoeiros, que oferece belíssimas vistas para o Rio Douro, para a outra margem do rio, onde se encontra Vila Nova de Gaia, e para o próprio Cais da Ribeira, do qual nos vamos aproximando. Avistar a Ponte Luís I é sinal inequívoco de que nos encontramos no Porto e é para lá que vamos, conseguindo pelo caminho cruzar-nos com tascas, onde ouvimos impropérios e música popular, intercaladas por restaurantes finos.
O Café do Cais, no Cais da Estiva, continua a ser uma das esplanadas mais simpáticas para descansar, mas é a chegada à Praça da Ribeira (quase sempre popularmente chamada de Praça do Cubo, em homenagem a uma escultura de José Rodrigues que lá se encontra) que nos mostra a visão por que tanto esperávamos - esta pequena praça, ainda assim invadida por um reduzido mas irritante trânsito, continua a ser o lugar de eleição para admirar as cores e fachadas típicas da Ribeira, para sentar numa das esplanadas a tomar um fino acompanhado de um pratinho de tremoços, ou para simplesmente admirar a Ponte Luís I, ansiando atravessar o rio, a pé, porque só da outra margem se pode ter uma visão ainda mais bela do Porto - esse lugar onde nos questionamos como uma cidade dita cinzenta consegue afinal ter tanta vida e cor.
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On the weekend we had a pleasant time walking through Porto's Ribeira (riverside), a place full of history and corners that amaze every time you visit them.
The tourists are many and increasingly distributed throughout the year - is rare to stroll downtown without hearing someone speaking other languages, but when we live since birth in a given city, even having a sense of its history and beauty, it's not rare that all the magic that is certain to delight a visitor pass us by unnoticed... lately I've been delighted to walk around the town with my camera, looking with fresh eyes at places I have visited many times, but many of them without seeing them.
Ribeira is one of the oldest, most typical and most visited parts of the city. Often we start the journey at Alfândega and go down Rua de Miragaia and Rua Nova da Alfândega, where you can easily be surprised by the passage of a typical tram.
This time we dare to walk through Muro dos Bacalhoeiros, which offers spectacular views of the River Douro, of the other side of the river, where is placed Vila Nova de Gaia, and the own Cais da Ribeira from which we're getting closer. To have a sight of Luis I Bridge is an unmistakable sign that we are in Porto and that's the direction we're heading, while we pass by taverns, where we hear curses and folk music, interspersed with fine restaurants.
Café do Cais at Cais da Estiva, remains one of the nicest terraces to rest and have a drink or snack, but it's when we arrive to Praça da Ribeira (often popularly called Praça do Cubo - Cube Square -, named after a sculpture by Jose Rodrigues that you'll find there) that we have the vision we've been expecting - this little square, yet invaded by a small but irritating traffic, remains the best place to stay and admire the colors and typical facades of Ribeira, to sit on the terraces and have a fino (glass of beer) accompanied by a plate of tremoços, or simply admire the Luis I Bridge, hoping to cross the river on foot, because only the other bank can offer us an even more beautiful view than this from Porto - the place where we ask ourselves how can such a grey city can ultimately have so much life and color.
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Oohh belíssimas fotografias.. que saudades do Porto :)
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