Estou desde início de Maio a tirar o Curso de Joalharia Contemporânea na Escola Engenho e Arte, no Porto. Tem sido uma viagem fascinante! Embora alguns dias me façam olhar para a mesa de trabalho com frustração e ansiedade pelos resultados, o bom senso diz-me que a experiência só se adquire com a prática e que o tempo nos torna capazes de feitos que no início nos pareciam inalcançáveis.
Quase três meses depois estou a meio do 34º exercício de uma série de muitos que me irão ensinar as bases de que preciso para um dia ser autónoma nesta arte. A joalharia é uma daquelas artes em que a técnica ocupa um papel fundamental: o joalheiro desenha, projecta e executa. Cada peça é revestida de uma complexidade própria e do carácter único associado a tudo o que é feito à mão: os gestos são idênticos, mas não se repetem.
Nas fotos (um pouco desfocadas, eu sei...) podem ter uma visão parcial da minha banca de trabalho na escola. Tenho tudo preparado para soldar: a base giratória à minha frente, o tincal, a solda, o isqueiro e as pinças à mão. Vê-se também a estilheira no seu lugar, a armação de serra, uma adrasta, um exemplar das tão utilizadas limas, alicates e ainda um tornilho. Quem está familiarizado com este vocabulário sabe de que estou a falar, quem não sabe e ficou curioso, pode passar o rato pelas fotos para saber mais.
Aqui estava a meio de um exercício: um anel clássico de garra, em prata. Podem ver o aro do anel, a virola já trabalhada pronta para encaixar a pedra. Faltava-me ainda soldar o aro à virola e cravar a pedra com as garras. Mas este processo demora o seu tempo... aqui, como em quase tudo, a pressa impede-nos de apreciar a viagem e concretizar as acções planeadas no tempo certo. Quero, para já, enquanto aprendo as técnicas, aprender também a apreciar o processo, com calma, com reflexão, com prazer.
Entretanto partilho com vocês alguns momentos!
I am since early May taking the course at Contemporary Jewelry School Engenho e Arte in Porto. It's been a fascinating journey! Although some days I do look at the workbench with frustration and anxiety for the results, common sense tells me that experience is only acquired through practice and that time makes us capable of things that seemed unreachable in the beginning.
Almost three months later I'm in the middle of the 34th exercise of a series of many that will teach me the basics I need to one day be autonomous in this art. Jewelry is one of those arts in which the technique occupies a key role: the jeweler designs, plans and executes. Each piece is coated with its own complexity and the unique character associated with everything that is handmade: the gestures are identical, but are not repeated.
In the photos (a little blurry, I know...) you may have a partial view of my workbench in school. I have everything prepared for welding: the soldering base is in front of me, the borax, solder, tweezers and lighter are at hand. You can also see the bench pin in place, the frame saw, a mandrel, a file, some pliers and a hand vise. Those who are familiar with this vocabulary know what I mean (I appologize if my english isn't totally correct!), but the ones who don't know and got curious, can pass the mouse through the photos to learn more.
Here I was in the middle of an exercise: a classic claw ring in silver. You can see the structure ready to fit the stone. I would still have to solder the two elements of the ring and then set the stone. But this process takes time... Here, as in almost everything, rush keeps us from enjoying the journey and achieving the planned actions at the right time. For now, as I learn the techniques, I also want to learn to enjoy the process, calmly, thoughtfully, with pleasure.
In the meantime I'll share with you some moments!
Quase três meses depois estou a meio do 34º exercício de uma série de muitos que me irão ensinar as bases de que preciso para um dia ser autónoma nesta arte. A joalharia é uma daquelas artes em que a técnica ocupa um papel fundamental: o joalheiro desenha, projecta e executa. Cada peça é revestida de uma complexidade própria e do carácter único associado a tudo o que é feito à mão: os gestos são idênticos, mas não se repetem.
Nas fotos (um pouco desfocadas, eu sei...) podem ter uma visão parcial da minha banca de trabalho na escola. Tenho tudo preparado para soldar: a base giratória à minha frente, o tincal, a solda, o isqueiro e as pinças à mão. Vê-se também a estilheira no seu lugar, a armação de serra, uma adrasta, um exemplar das tão utilizadas limas, alicates e ainda um tornilho. Quem está familiarizado com este vocabulário sabe de que estou a falar, quem não sabe e ficou curioso, pode passar o rato pelas fotos para saber mais.
Aqui estava a meio de um exercício: um anel clássico de garra, em prata. Podem ver o aro do anel, a virola já trabalhada pronta para encaixar a pedra. Faltava-me ainda soldar o aro à virola e cravar a pedra com as garras. Mas este processo demora o seu tempo... aqui, como em quase tudo, a pressa impede-nos de apreciar a viagem e concretizar as acções planeadas no tempo certo. Quero, para já, enquanto aprendo as técnicas, aprender também a apreciar o processo, com calma, com reflexão, com prazer.
Entretanto partilho com vocês alguns momentos!
I am since early May taking the course at Contemporary Jewelry School Engenho e Arte in Porto. It's been a fascinating journey! Although some days I do look at the workbench with frustration and anxiety for the results, common sense tells me that experience is only acquired through practice and that time makes us capable of things that seemed unreachable in the beginning.
Almost three months later I'm in the middle of the 34th exercise of a series of many that will teach me the basics I need to one day be autonomous in this art. Jewelry is one of those arts in which the technique occupies a key role: the jeweler designs, plans and executes. Each piece is coated with its own complexity and the unique character associated with everything that is handmade: the gestures are identical, but are not repeated.
In the photos (a little blurry, I know...) you may have a partial view of my workbench in school. I have everything prepared for welding: the soldering base is in front of me, the borax, solder, tweezers and lighter are at hand. You can also see the bench pin in place, the frame saw, a mandrel, a file, some pliers and a hand vise. Those who are familiar with this vocabulary know what I mean (I appologize if my english isn't totally correct!), but the ones who don't know and got curious, can pass the mouse through the photos to learn more.
Here I was in the middle of an exercise: a classic claw ring in silver. You can see the structure ready to fit the stone. I would still have to solder the two elements of the ring and then set the stone. But this process takes time... Here, as in almost everything, rush keeps us from enjoying the journey and achieving the planned actions at the right time. For now, as I learn the techniques, I also want to learn to enjoy the process, calmly, thoughtfully, with pleasure.
In the meantime I'll share with you some moments!
Tem piada que há uns dias me andava a perguntar como te andaria a correr o curso de joalharia e... Com curiosidade de ver fotos... Leste-me o pensamento =)
ReplyDeleteOohh que bom!!!!
ReplyDeleteEu planeei, pensei e reflecti, que depois de acabar o mestrado (já lá vão 7 meses) haveria de me inscrever em aulas de joalharia ou de cerâmica... se calhar está na altura de me mexer...
Vai partilhando as tuas fotos!